quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Economia da Suécia



A Economia da Suécia é uma das que mais se destacam na Europa. Após um período de recessão, aumento do desemprego e altas taxas de inflação no começo da década de 1990 a Suécia foi capaz de atingir o crescimento sustentável através de ajustes fiscais e dinamização da economia.


Diversificação económica


Historicamente, a economia sueca sempre experimentou avanços consideráveis quando foi capaz de aumentar suas exportações. No século XIX, uma elevação da demanda europeia e o acesso a infra-estrutura barata dentro do país possibilitaram o nascimento da indústria na Suécia. Abertura económica, liberdade de imprensa e desregulamentação tiveram papel importante.
A Suécia manteve-se neutra durante as duas Grandes Guerras Mundiais na primeira metade do século XX. O país se beneficiou, no pós-II Guerra, de uma combinação de demanda intensa por seus produtos e da devastação do parque industrial de outras nações do Oeste europeu, suas principais concorrentes. A desvalorização da moeda nacional, a Coroa sueca, também surtiu efeito sobre a balança comercial. As principais fontes de divisas para a Suécia nesse período foram as indústrias florestais, de mineração, veículos automotores, borracha e aço.
Durante os anos 60 a Suécia enfrentou aumento de concorrência por mercados devido à reconstrução de outros países europeus e à emergência do Japão. A produção industrial de certos sectores, como o têxtil, sofreu abalos, e demissões ocorreram.
Nos anos 70 a crise do petróleo afectou muito a economia sueca, que dependia excessivamente da estabilidade internacional. A intervenção governamental não foi capaz de sustentar o crescimento sueco, e certos sectores do parque industrial, como o metalúrgico, sofreram mais que outros.
A década de 80 foi proveitosa para a Suécia, que manteve baixíssima taxa de desemprego no período. Porém, altas e crescentes taxas de inflação ocorreram, e o governo passou por dificuldades no âmbito fiscal. A Suécia não pôde impedir uma crise económica na primeira metade da década de 1990, cujas características foram desaceleração económica e desemprego em alta.

Avanços tecnológicos e uma força de trabalho educada resultaram em um aumento substancial de produtividade na Suécia. O eixo principal da economia sueca deslocou-se da agricultura e indústria para o sector de serviços, com destaque para Telecomunicações e a tecnologia da informação (TI). Isto permitiu ao país uma redução da vulnerabilidade económica em face das flutuações dos preços de commodities.


Qualidade de vida


A Suécia dispõe hoje de um extensivo programa de bem-estar social. Além disso, serviços públicos como saúde e educação estão entre os mais elogiados do planeta. Os gastos do governo com serviços sociais foram, em 2001, de 24.180 dólares americanos per capita, ou 28,9% do PIB.
A sociedade sueca é bastante igualitária: seu coeficiente de Gini foi de 0,25 em 2000, o terceiro melhor índice do mundo, atrás de Dinamarca e Japão.


Política Macroeconómica


Desde a crise no período 1991-93 até hoje, o governo sueco superou um período de instabilidade, caracterizado por dívidas, inflação e deficits fiscais. Actualmente a Suécia tem superavit fiscal de cerca de 1% do PIB e inflação sob controlo. Medidas como tetos de gastos para o Orçamento, independência do Banco Central e reforma providenciaria redundaram em alívio para as contas públicas.
A manutenção da excelência no sector público exige altas taxas. A Suécia tem um imposto de renda altíssimo, além de impostos indirectos.
O crescimento médio do PIB da Suécia está no topo da escala de crescimento médio na União Europeia, onde a Suécia perde apenas para a Inglaterra.
O crescimento real da economia sueca foi de 3% em 2004 e de 2,7% em 2005. O crescimento do seu PIB está estimado em 3,6% em 2006 e 3,1% em 2007. Os motores principais dessa expansão são uma alta capacidade de utilização da indústria e o crescimento das exportações, inclusive das exportações de serviços.
A dívida pública era de 47,7% do PIB em 2004 e está em queda. O desemprego mantém-se relativamente baixo, a 5,8%.


A Suécia e a União Europeia


A Suécia é país-membro da União Europeia. No entanto, a maioria - 55,9% - da população votou pela rejeição ao Euro num referendo em Setembro de 2003. Assim, a moeda do país contínua sendo a Coroa sueca.


Principais desafios


Embora ocupe uma situação privilegiada no cenário internacional, a Suécia tem obstáculos a enfrentar para continuar em crescimento e manter o bem-estar da população.


Envelhecimento da população


A população da Suécia está em processo contínuo e profundo de envelhecimento. Os gastos do governo com saúde e previdência, que já são altos, tendem a aumentar. Uma elevação de taxas, opção teórica para solucionar o problema, é considerada inoportuna, pois a Suécia já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo.



Política fiscal


Apesar das reformas na década de 1990, a política fiscal sueca ainda não é considerada ideal.

Mercado de trabalho


O mercado de trabalho sueco enfrenta problemas por falta de oferta de mão-de-obra.

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